O Brasil foi destaque no cenário internacional durante o 19º Encontro Anual do Fórum Intergovernamental sobre Mineração, Minerais, Metais e Desenvolvimento Sustentável (IGF), realizado de 7 a 9 de novembro em Genebra. O país foi representado pela Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) e pela Cooperativa do Vale do Rio Peixoto (COOGAVEPE) e chamou a atenção no evento organizado pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, que reuniu representantes de mais de 80 países.
A Coordenadora-geral do projeto Ouro Sem Mercúrio, Dione Moura, e o Coordenador de Articulação Institucional, Hassan Sohn também formaram parte da comitiva brasileira que apresentou o que vem sendo feito para superar o uso de mercúrio na mineração artesanal e em pequena escala no país. O projeto Ouro Sem Mercúrio foi idealizado para apoiar o Brasil na elaboração de um Plano de Ação Nacional para reduzir e, se possível, eliminar a poluição causada pelo uso de mercúrio na extração de ouro.
Coogavepe apresentou modelo inovador de organização e trabalho
O coordenador da Câmara Temática das Cooperativas Minerais do Sistema OCB e presidente da COOGAVEPE, Gilson Camboim, apresentou a relevância das cooperativas minerais no avanço sustentável do setor. Participando do painel sobre Gerenciamento da Mineração Artesanal e de Pequena Escala, Camboim enfatizou a importância da inovação, proteção ambiental e justiça social nas práticas das cooperativas, com ênfase especial na gestão responsável do mercúrio na mineração de ouro.
As cooperativas minerais do Brasil, lideradas por entidades como a COOGAVEPE, estão na linha de frente no que diz respeito à adoção de tecnologias sustentáveis e eficientes. Elas estão comprometidas com a mineração responsável, focando na redução do uso de mercúrio. Além disso, a cooperativa está apoiando pesquisas científicas para uma alternativa definitiva ao mercúrio juntamente com a Embrapa.
Veja o vídeo que a Coogavepe apresentou no evento:
OCB demonstra, com dados, o sucesso do modelo de organização
Representando 71 cooperativas minerais e mais de 66 mil garimpeiros, a OCB demonstrou o impacto positivo do cooperativismo no setor. Em 2022, o faturamento foi de R$ 1,3 bilhões, com a comercialização de 5,8 milhões de toneladas de minérios, incluindo ouro, estanho, quartzo e diamante. Essas cooperativas não só promovem práticas sustentáveis, mas também contribuem significativamente para a economia local e nacional.
O reconhecimento no fórum internacional sublinha a posição de liderança do Brasil na forma de organização social das cooperativas e do potencial para uma mineração sustentável e com inovação do setor.
Veja o vídeo que a OCB apresentou no evento: