Neste dia 21 de julho é celebrado o Dia dos Garimpeiros, uma data para homenagear aqueles trabalham de forma legal e desempenham um papel importante na extração de minerais preciosos, como o ouro.
Os garimpeiros têm desempenhado um papel importante ao longo da história, tendo uma contribuição decisiva para a expansão e consolidação do Brasil, sendo responsáveis pela fundação e desenvolvimento de várias cidades. Ainda hoje, a atividade é essencial para o sustento direto de muitos municípios frequentemente remotos e ainda carentes de políticas públicas.
A equipe de campo do projeto Ouro Sem Mercúrio tem testemunhado, nas visitas aos garimpos legalizados, o trabalho árduo de garimpeiros e garimpeiras para garantir a subsistência própria e de suas famílias, que muitas vezes residem em cidades distantes, em outros Estados. Isso não é surpresa: esforço, resiliência, coragem e muita esperança são características necessárias para deixar tudo para trás e ir garimpar em meio a Amazônia.
Mas o garimpeiro dos dias de hoje é muito mais que uma pessoa destemida com um sonho e uma bateia. São pessoas conscientes de sua responsabilidade socioambiental e comprometidas com trabalhar de forma ambientalmente correta e em conformidade com a Lei. São também pessoas que se sentem esquecidas pelas políticas públicas e que sofrem com o preconceito.
Hoje é um dia importante para relembrar à sociedade que garimpeiros são trabalhadores que se dedicam a uma atividade lícita e protegida pela Constituição Federal, que possui um regulamento próprio, com regras e exigências específicas, e que, com muito esforço, superam as dificuldades para cumprir a Lei, como muitos outros trabalhadores. — Há uma distinção muito clara entre um garimpeiro, que se desdobra para cumprir a lei, de um bandido, que extrai ouro de forma ilegal em local proibido e sabe que está cometendo um crime.
Hoje também é um dia importante para reafirmar que esses garimpeiros são os protagonistas — e o único caminho — para o desenvolvimento de um garimpo mais sustentável social e ambientalmente, e que a mineração artesanal e em pequena escala (MAPE), quando realizada de forma responsável, com respeito às normas e regulamentações minerárias e ambientais, traz benefícios para as comunidades.
Um dos fatores importantes para alcançar uma atividade com menos impacto é o investimento em assistência técnica e o fomento à adoção das melhores práticas e tecnologias, especialmente para a eliminação do mercúrio do processo de extração de ouro e para a melhoria da segurança do trabalho. É isso que o garimpeiro de hoje precisa e quer.
Os governos têm um papel crucial para a sustentabilidade do garimpo. As políticas públicas, ao mesmo tempo que devem combater a criminalidade — ninguém quer extração ilegal de minérios — devem também oferecer condições para quem quer trabalhar dentro da legalidade. O diálogo aberto com as comunidades garimpeiras é essencial.
O projeto Ouro Sem Mercúrio acredita que é possível alcançar um equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente. Unindo forças, garimpeiros, comunidades, cooperativas, empresas e governos podem trabalhar juntos para garantir que a extração de ouro e outros minerais seja feita de forma sustentável, construindo um futuro mais próspero e justo para todos.
Parabéns, garimpeiros e garimpeiras pelo seu dia!