O workshop final sobre as lições aprendidas no desenvolvimento do Plano de Ação Nacional (PAN) para a Mineração de Ouro Artesanal e de Pequena Escala (MAPE) no México foi realizado em 21 de novembro, na sede da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMARNAT), na Cidade do México. O encontro teve como objetivo principal apresentar os resultados finais do Plano de Ação Nacional mexicano e refletir sobre as experiências adquiridas durante sua elaboração e implementação.
Um dos destaques do evento foi o intercâmbio de lições aprendidas entre países que estão em processo de implementação ou que recentemente concluíram seus PANs. Essa troca promoveu um diálogo enriquecedor sobre os desafios comuns enfrentados em relação ao uso do mercúrio na MAPE e explorou soluções colaborativas para superá-los.
O coordenador de Articulação Institucional do projeto Ouro Sem Mercúrio, Hassan Sohn, compartilhou os avanços do Brasil até o momento e apresentou os principais marcos alcançados e os desafios ainda enfrentados no desenvolvimento das pesquisas que vão embasar o PAN brasileiro, destacando a importância de experiências regionais compartilhadas para fortalecer as ações e criar sinergias.
“É muito enriquecedor conhecer as diferentes estratégias adotadas por nossos países irmãos. Além das fronteiras comuns, compartilhamos problemas e realidades, e as ideias criativas dos nossos vizinhos podem ser de grande ajuda para enfrentarmos casos semelhantes em nosso país. Além disso, questões como o mercado clandestino internacional de mercúrio ultrapassam fronteiras e demandam uma abordagem conjunta, e esse tipo de partilha de experiência cria e consolida os laços necessários para que possamos trabalhar como uma verdadeira equipe”, declarou Sohn.
Para Ramón Jiménez, Oficial do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o workshop não apenas marcou o encerramento do desenvolvimento do PAN no México, mas “evidenciou a relevância da cooperação regional para enfrentar os desafios do uso de mercúrio na mineração artesanal e de pequena escala e reforçou a necessidade de continuar trocando informações e estratégias para alcançar os objetivos mais amplos do Convenção de Minamata”.
Considerando que a mineração artesanal e de pequena escala de ouro é praticada em mais de 80 países no mundo, e os desafios multifacetados que as comunidades e os reguladores enfrentam para transformar o setor em uma fonte de sustento mais limpa e segura, a Oficial de Programa do PNUMA, Malgorzata Stylo, acredita que “oportunidades como a de hoje, de troca de experiências regionais, são essenciais para aproveitar as lições aprendidas e as parcerias em direção a um objetivo comum: tornar o mercúrio parte do passado, ao mesmo tempo em que possibilita que as comunidades locais alcancem seu pleno potencial”.
A paticipação do projeto Ouro Sem Mercúrio no evento reflete seu compromisso em contribuir para o diálogo regional e fortalecer a implementação de ações coordenadas no âmbito da Convenção de Minamata, alinhadas aos objetivos de reduzir o uso de mercúrio e proteger a saúde humana e o meio ambiente.